FILME
DOCUMENTÁRIO: LÍNGUA: Vidas em Português (Diretor: Victor Lopes. 105 min/ 2002)
Lançamento (Brasil): 2004
SINOPSE
Trata de Histórias da língua Portuguesa e sua permanência entre culturas variadas do planeta. Mostra o cotidiano de personagens ilustres e anônimos dos quatro continentes, que falam a língua portuguesa. Em cada um desses continentes, o português juntou-se aos deuses, melodias, climas, ritmos. Assim, misturaram-se as paisagens, foi reinventado centenas de vezes e alimentado por levas sucessivas de colonizadores, imigrantes e descendentes.
QUESTIONÁRIO
1. Qual o tema do filme? O que os realizadores do filme tentaram nos contar? Eles conseguiram passar a mensagem desejada? Justifique.
O documentário Língua: Vidas em Português, do diretor Victor Lopes, mostra a “história da língua Portuguesa e sua permanência entre as variadas culturas do planeta”, assim, entende a língua como identidade cultural de um determinado povo. Os realizadores do filme tentaram relatar o dia a dia tanto de personagens conhecidos na literatura e na música quanto de pessoas anônimas que são falantes do Português em diversos países, ressaltando a identidade cultural delas. Dessa forma, os idealizadores conseguem contar a história dessa língua de forma dinâmica e a aproxima as diversas variedades do mesmo idioma.
2. Você assimilou/aprendeu alguma coisa com este filme? O quê?
Diante do que foi exposto pelo documentário Língua: Vidas em Português, pudemos observar a língua portuguesa de maneira mais crítica, levando em consideração a mistura de culturas e valores que rodeiam e manipulam a existência do nosso idioma.
3. Algum elemento do filme não foi compreendido?
Nesse documentário não há elementos incompreendidos ou que não ficaram claros, uma vez que os seus realizadores entrelaçam as histórias, nomeando todos os personagens e o espaço onde ocorre cada cena.
4. Do que você mais gostou neste filme? Por quê?
O que mais gostamos no documentário foram as discussões e comentários dos escritores (Mia Couto, José Saramago e João Ubaldo Ribeiro) acerca da Língua Portuguesa porque o posicionamento dos escritores engendram uma reflexão crítica e, ao mesmo tempo, teórica-prática, que nos fazem analisar a língua e suas variedades no dia a dia do falante.
5. Qual a sequência mais lhe chamou a atenção? Justifique.
Há duas sequências que nos chamaram mais atenção: a primeira diz respeito ao cotidiano do escritor brasileiro, João Ubaldo Ribeiro; e a segunda é a maneira poética de como o escritor africano Mia Couto mostra a Língua Portuguesa.
João Ubaldo revela o seu cotidiano através de suas frequências semanais a dois botecos cariocas, assim, o escritor revela o seu convívio com as pessoas “comuns”, compartilhando as culturas e expressando o seu pensamento sobre a nossa língua: “não sou filólogo, não sou linguista, não sou estudioso do assunto, sou apenas um usuário da língua”.
O escritor Mia Couto tem uma relação de intimidade com o Português e, por isso, expressa as características linguísticas da língua. No entanto, Mia Couto revela poeticamente a expansão dessa língua para outros países (Brasil e África) de maneira metafórica: “o Português ficou sem dono” e o “ato do Português namorar no chão e casar-se com o chão”
6. Qual o personagem você gostou mais e qual você gostou menos? Justifique.
O personagem que mais gostamos foi o moçambicano “Dinho”. Esse rapaz vive com a família em um hotel abandonado em Moçambique chamado Grande Hotel Beira. Nesse local, vivem várias famílias carentes que têm pouca ou nenhuma condição de ascenderem socialmente, no entanto, observa-se por parte de Dinho a vontade de realizar seus sonhos, estudar e ser Reppy. Nesse contexto, observa-se também que a cultura africana e a pobreza caminham juntas fazendo daquelas pessoas guerreiros que lutam todos os dias para vencerem as dificuldades impostas pela desigualdade social.
Entretanto, no decorrer do documentário, os personagens que menos gostamos foi o casal Rui Sacá, bancário, e a Midi Sacá, empresária, ambos são mulçumanos e mostraram um pouco da cultura mulçumana, mas aparentaram futilidade no comportamento, e apesar de confessarem a fé Mulçumana, os gestos são controversos com o que prega tal crença. Isso ficou evidente na forma de vestir e nos locais frequentados.
7. O que mais lhe chamou atenção na linguagem do filme? (planos, enquadramentos, cores, diálogos, narração, música etc). Por quê?
O que mais nos chamou a atenção na linguagem do documentário foi a relação entre os espaços e os diálogos. Assim, observou-se que cada espaço refletia os sentimentos, as emoções e a compreensão de cada personagem sobre a Língua Portuguesa através de em seu meio social e de suas vivências. Exemplo: José Saramago em Lisboa, a beira de mar; e as pessoas anônimas em seus respectivos lugares.
8. Os eventos retratados no filme são verossímeis?
Sim. Pois o curta-metragem assistido trata-se de um documentário com características próprias capazes de tornar verossímeis os acontecimentos como, por exemplo, o cotidiano de personagens autônomas e de escritores renomados, aproximando suas realidades através da língua. Assim, através desse entrelaçamento de mundos e culturas diferentes percebemos de maneira incisiva os eventos retratados.
9. Quais eventos lhe pareceram menos realistas (ou verdadeiros)? Por quê?
Nesse filme não houve histórias mais ou menos realistas que outras, pois os personagens relatavam suas experiências de serem falantes nativos da língua portuguesa e relacionavam suas culturas com as de outros povos, evidenciando a mistura de valores e raças.
10. Quais elementos apresentados no filme estão presentes na sua vida? Justifique.
Os elementos apresentados no documentário que fazem parte das nossas vidas são estes: primeiramente, a Língua Portuguesa com suas variedades que nos tornam próximo, ou melhor, familiarizados com os outros falantes da língua, seja do mesmo país ou não; a cultura que envolve e mistura as raças, religião e povos; e por fim o cotidiano de cada falante do Português, pois revela a nossa essência humana.
Observação: Esse questionário pode ser adaptado a qualquer filme ou documentário, dependendo da proposta pedagógica do professor.